quinta-feira, 18 de junho de 2015

ORGANIZAÇÃO DE UMA SALA PARA UMA PSICOPEDAGOGA

Agora veremos qual deve ser a estruturação para uma sala de Psicopedagogia.

O que deve ter na sala:


  • Mesa tamanho regular;
  • Quadro branco;
  • Armários para diferentes usos;
  • Caixas;
  • Painéis;
  • Relógio;
  • Calendário;
  • Computador.
Sugestão de materiais à disposição:


  • Lápis de cor;
  • Giz de cera;
  • Lápis grafite de diferentes espessuras;
  • Canetas;
  • Canetinhas;
  • Pincéis atômicos;
  • Pincel;
  • Tinta guache;
  • Aquarela;
  • Pintura a dedo;
  • Cola branca;
  • Cola bastão;
  • Fita adesivas;
  • Tesouras sem ponta;
  • Borrachas;
  • Lapiseiras;
  • Réguas;
  • Apontadores;
  • Papéis de diferentes texturas;
  • Sulfite branca;
  • Sulfite colorida;
  • Papel cartão;
  • EVA;
  • Sucatas;
  • Revistas;
  • Argila;
  • Massa de modelar;
  • Gesso;
  • Placas de isopor;
  • Livros de história com ou sem texto;
  • Jogos mais variados possíveis;
  • Jogo do alfabeto móvel;
  • Jogo de alfabeto ilustrado;
  • Jogo do alfabeto com figuras;
  • Jogo de alfabeto e sílabas;
  • Jogo do alfabeto de encaixe;
  • Jogo de alfabeto e palavras;
  • Jogo de loto leitura;
  • Jogo de mico de palavras;
  • Jogo de baralho para classificação;
  • Jogo de carimbos;
  • Blocos de construção;
  • Conjunto de esquema corporal (quebra-cabeça);
  • Jogos numéricos;
  • Jogos de dominó;
  • Ábaco;
  • Blocos lógicos;
  • Rádio;
  • DVD's;
  • Livros didáticos;
  • Atlas;
  • Dicionário;
  • Brinquedos diversos.

http://www.grupopsicopedagogiando.com.br/p/consultorio-psicopedagogico.html

EDUCAÇÃO CONDUTIVA - "Descobertas e impressões"

Boa noite leitores. Quanto tempo! Já estava com saudades... Hoje iremos falar e conhecer um pouquinho sobre a Educação Condutiva. 

O que é a Educação Condutiva?


A Educação Condutiva é uma pedagogia do movimento que ensina as pessoas com sequelas de lesão cerebral a controlar e coordenar seus movimentos, através da experiência. Esta abordagem objetiva estimular ao máximo as possibilidades de cada pessoa, não se importando com o que ela não faz, mas com o que ela pode aprender.
A teoria e prática da Educação Condutiva estão fundamentadas no conceito da neurologia de plasticidade cerebral, que reconhece a capacidade de flexibilidade do cérebro: a capacidade neural de se reorganizar-se, de "aprender a aprender".
O foco é a força motivacional da pessoa, sua autoimagem e autoconfiança. Com esta pedagogia as pessoas vivenciam os efeitos positivos do trabalho em grupo, como um time e ao mesmo tempo recebem atendimento altamente personalizado, sob a responsabilidade de um condutor, que é o profissional especializado para exercer a Educação Condutiva.
Trata-se de aprender novas formas de fazer as coisas, de definir novos objetivos, através do ensino de novas competências para promover o desenvolvimento biopsicossocial.
Esta abordagem foi organizada entre os anos 40/50 pelo médico húngaro András Petö e hoje é desenvolvida em  vários países, como: Hungria, Israel, Japão, Inglaterra, México, Estados Unidos, Alemanha, China, Suécia, Canadá e Brasil.

No dia 11 de junho de 2015, tive a oportunidade de conhecer o trabalho realizado pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Educação Condutiva PÁSSAROS DE LUZ, localizada na cidade de Itajaí - SC, na rua Brusque, 241 - Centro. Seu horário de atendimento é de segunda a sexta-feira das 8:00 às 11:30 e 13:30 às 17:30.
O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Educação Condutiva Pássaros de Luz, foi fundado no dia 12 de março de 2006, organizado por um grupo de pais de crianças e adolescentes com sequelas de lesão cerebral. Este grupo buscava formas diferenciadas de atender e trabalhar com seus filhos que respondessem às suas necessidades de aprendizagem, desenvolvimento e consequente qualidade de vida.

O que eles oferecem?
  • Atendimento a bebês, crianças, adolescentes e adultos através dos programas de Educação Condutiva.
  • Equipe de profissionais coordenados por um condutor, especialista em Educação Condutiva.
  • Formação dos profissionais que atuam na entidade, totalizando 104 horas anuais de capacitação.
  • Orientações e acompanhamento aos pais e familiares das pessoas atendidas.
  • Curso: "As Contribuições da Educação Condutiva para a Formação continuada de educadores".
  • Curso: "Capacitação para profissionais e cuidadores de pessoas com deficiência motora".
  • Confecção de talas ortopédicas.
Sobre os atendimentos...

O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Educação Condutiva Pássaros de Luz, oferece atendimento especializado da Educação Condutiva para pessoas com alterações neuro motoras:
  • Paralisia cerebral;
  • Ataxia;
  • Esclerose Múltipla;
  • Parkinson;
  • Mielomeningocele (Espinha bífida);
  • Lesões medulares;
  • Traumatismo craniano;
  • AVC
Para facilitar o processo de Educação Condutiva seis elementos são importantes e necessários
1. O condutor
É o profissional, especialista, capacitado para exercer a ação de educar pelos princípios teóricos e práticos do sistema Petö ou Educação Condutiva. Recebe formação de quatro anos, com um currículo multidisciplinar.
  • É responsável pela avaliação inicial, planejamento, a organização e a entrega do programa;
  • Planeja situações que incentivem a aprendizagem e a resolução de problemas;
  • Observa o desempenho de cada pessoa e também do grupo, para modificar o programa e o calendário de acordo com suas necessidades;
  • Cria experiências positivas de aprendizagem, encorajamento e confiança entre as crianças e adolescentes;
O condutor planeja os objetivos explícitos e imediatos durante a programação diária, para que cada elemento do grupo possa colocar em andamento uma atividade a partir de seus próprios esforços.
2. O programa
Os programas de Educação Condutiva são estruturados para um trabalho
embasado nas relações grupais e nos processos de interação entre todos os envolvidos no processo educacional.
  • Incluem atividades de vida cotidiana, que são inter-relacionadas com as tarefas em série e o programa pedagógico;
  • A programação ou rotina diária deve assegurar um desenvolvimento integral;
  • Os programas são organizados por uma série de ações, chamadas “tarefas em série”.
  • Os programas incluem objetivos reais, próximos e funcionais e cada um tem características e qualidades específicas e bem definidas.
No dia a dia, a rotina de trabalho pode apresentar diferentes programas:programa deitado; programa sentado; programa preparatório para em pé; programa em pé; programa manipulativo, programa individual e programa cultural/pedagógico.
3.  As tarefas em série
As séries de tarefas são a base da sessão de trabalho, pois preparam  as pessoas para a função. As tarefas são uma parte estruturada do programa diário.
  • São designadas com o objetivo de permitir que os participantes desenvolvam uma consciência gradual de seus movimentos.
  • São ensinadas, aprendidas, praticadas, generalizadas e utilizadas.
  • Cada membro do ‘ grupo ‘ tem conhecimento do seu objetivo e trabalha para a conclusão da tarefa
  • Como o objetivo é aprendizagem e desenvolvimento, as tarefas são ferramentas de ensino, e não um conjunto de exercícios;
  • As tarefas são apresentadas de tal forma que permite ao indivíduo ter êxito e ao mesmo tempo, aprender uma nova habilidade ou reforçar uma recém adquirida;
  • Elas são planejadas a partir das necessidades do grupo, da faixa etária, do nível de desempenho do grupo e respeitando as diferenças individuais.
As tarefas em série são elaboradas cuidadosamente para assegurar que os alunos sejam estimulados a explorar e a mostrar as suas habilidades, ao invés de olharem apenas para as suas deficiências.
4. As facilitações
Pode ser compreendida como uma ajuda educacional, todas as influências positivas de estímulo que oferecem  apoio para cada aluno desempenhar uma atividade de forma independente.
  • As facilitações podem ser um apoio manual, verbal, instrumental, social ou a “intenção rítmica”.
  • Cada facilitação deve oferecer segurança, com o mínimo de ajuda apropriada para o aluno iniciar, continuar ou terminar uma tarefa.
  • O grupo pode ser também uma fonte facilitadora que estimula tanto a imitação quanto a originalidade.
  • Uma facilitação só pode ajudar quando é compreendida como necessária para alcançar um objetivo.
O que caracteriza a facilitação condutiva é que o aluno, durante esse momento, usa a “intenção verbal”, tencionando a ação com as palavras: “estou esticando meu braço (direito ou esquerdo)”…
5. A Intenção rítmica
É a técnica pela qual a criança utiliza a fala ou o discurso interior para expressar uma intenção e é seguida pelo movimento, que é realizado ritmicamente.
  • O uso da linguagem para planejar, imaginar e realizar um movimento.
  • O uso da fala ou discurso interior para expressar a “intenção”.
  • Ela focaliza a atenção sobre o movimento
  • Na prática, a intenção rítmica acontece quando o condutor verbaliza pequenas tarefas, como objetivos específicos, e os alunos iniciam o movimento, expressando verbalmente sua intenção na primeira pessoa, como por exemplo: “Estou sentado reto, reto. Eu levanto meu braço direito acima, acima, acima… 1,2,3,4,5”.
Segundo Irving Ávila, condutor do Centro de Educação Condutiva, “como a pessoa com lesão cerebral tem uma falsa imagem do movimento, a intenção rítmica ajuda a formar esta imagem, através da conexão entre a fala e o movimento.”
6. O grupo
O grupo favorece que as pessoas estejam mais próximas umas das outras e tenham a oportunidade de interagir entre si. O grupo assume uma atmosfera de valorização e reconhecimento mútuo e exerce influência significativa nos outros.
  • Eles aprendem não só com o seu condutor, mas de seus pares.
  • São encorajados a se tornarem interessados e a trabalhar para terem sucesso.
  • O grupo incentiva cada um a esperar por sua vez no atendimento ou, inversamente, para pedir ajuda.
  • A experiência em grupo influencia positivamente o aprendizado.
  • O condutor, como um líder, motiva e orienta para que os alunos trabalhem aprendendo e acreditando que podem fazer cada vez melhor.
Essa expectativa positiva cria novas possibilidades para mais aprendizado, pois busca soluções no campo da atividade potencial, e não no campo das dificuldades criadas pela deficiência.
Ao chegar no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Educação Condutiva Pássaros de Luz o grupo de acadêmicas do curso de Pedagogia - IFES foram atendidas muito bem. Primeiramente fomos apresentadas para o Condutor Irving Ávila e responsáveis. Depois fomos levadas para outro espaço, onde eles iriam desenvolver o programa com as crianças e adolescentes.
Cada criança/adolescente tinha a companhia de um professor facilitador, que estava com ela a todo o momento. Então, eles realizaram o programa com determinadas seriações seguindo sempre o que o condutor pedia. O que chamou muito a atenção foram as músicas utilizadas durante o programa, eles cantavam o tempo inteiro. Isso segundo o condutor Irving Ávila é chamado de intenção rítmica, que ajuda nas sequelas de lesão cerebral.
Depois fomos para um outro espaço onde tivemos a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a Educação Condutiva, ouvir as mães das crianças/adolescentes que estavam sendo atendidos e para tirar as dúvidas com relação ao trabalho realizado por eles.
Foi um momento único, inesquecível e de grande conhecimento para as acadêmicas porque oportunizou as alunas do curso de Pedagogia a conhecer o desconhecido e explorar o inexplorável. O trabalho realizado pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Educação Condutiva Pássaros de Luz é de muita excelência.

https://educacaocondutivaitajai.wordpress.com/sobre-a-educacao-condutiva/elementos-da-educacao-condutiva/

quinta-feira, 16 de abril de 2015

GLOSSÁRIO PSICOPEDAGÓGICO

Boa noite leitores!
Hoje a postagem do blog será sobre alguns termos que a Psicopedagogia utiliza. Segue abaixo alguns deles:

  • Dificuldades de aprendizagem: As dificuldades podem advir de fatores orgânicos ou mesmo emocionais e é importante que sejam descobertas a fim de auxiliar o desenvolvimento do processo educativo, percebendo se estão associadas à preguiça, cansaço, sono, tristeza, agitação, desordem, dentre outros, considerados fatores que também desmotivam o aprendizado.
 
  • Distúrbios de aprendizagem: Designam-se crianças que apresentam dificuldades de aquisição de matéria teórica, embora apresentem inteligência normal, e não demonstrem desfavorecimento físico, emocional ou social.
  • Problemas de aprendizagem: A criança com problemas específicos de aprendizagem tem padrões pouco usuais em perceber as coisas no ambiente externo. Seus padrões neurológicos são diferentes das outras crianças da mesma idade. No entanto, têm em comum algum tipo de fracasso na escola ou em sua comunidade.
- Apresenta dificuldade para entender e seguir tarefas e instruções. 
- Apresenta dificuldade para relembrar o que alguém acaba de dizer. 

- Não domina as destrezas básicas de leitura, soletração, escrita e/ou matemática, pelo que fracassa no trabalho escolar. 
- Apresenta dificuldade para distinguir entre a direita e a esquerda, para identificar palavras, etc. Sua tendência é escrever as letras, palavras ou números ao contrário.
- Falta-lhe coordenação ao caminhar, fazer esportes ou completar atividades simples, tais como apontar um lápis ou amarrar o cordão do sapato.
- Apresenta facilidade para perder ou extraviar seu material escolar, como os livros e outros artigos.
- Tem dificuldade para entender o conceito de tempo, confundindo o “ontem”, com o “hoje” e/ou “amanhã”.
- Manifesta irritação ou excitação com facilidade. 
 

  • Agnosia: Etimologicamente, a falta de conhecimento. Impossibilidade de obter informações através dos canais de recepção dos sentidos embora o órgão do sentido não esteja afetado. Ex. a agnosia auditiva é a incapacidade de reconhecer ou interpretar um som mesmo quando é ouvido. No campo médico está associada com uma deficiência neurológica do sistema nervoso.
  • Afasia: Perda da capacidade de usar ou compreender a linguagem oral. Está usualmente associada com o traumatismo ou anormalidade do sistema nervoso central. Utilizam-se várias classificações tais como afasia expressiva e receptiva, congênita e adquirida.
  • Agrafia: Impossibilidade de escrever e reproduzir os seus pensamentos por escrito.
  • Alexia: Perda da capacidade de leitura de letras manuscritas ou impressas.
  • Anamnese: Levantamento dos antecedentes de uma doença ou de um paciente, incluindo seu passado desde o parto, nascimento, primeira infância, bem como seus antecedentes hereditários.
  •  Anomia: Impossibilidade de designar ou lembrar-se de palavras ou nome dos objetos.
  • Anorexia: Perda ou diminuição do apetite.
  • Anoxia: Diminuição da quantidade de oxigênio existente no sangue.
  • Apnéia: Paragem voluntária dos movimentos respiratórios: retenção da respiração.
  • Apraxia: Impossibilidade de resposta motora na realização de movimento com uma finalidade. A pessoa não realiza os movimentos apesar de conhecê-lo e não ter qualquer paralisia.
  • Ataxia: Dificuldade de equilíbrio e de coordenação dos movimentos voluntários.
  • Autismo: Distúrbio emocional da criança caracterizada por incomunicabilidade. A criança fecha-se sobre si mesma e desliga-se do real impedindo de relacionar-se normalmente com as pessoas. Num diagnóstico incorreto pode ser confundido com retardo mental, surdo-mudez, afasia e outras síndromes.
 
Cinestesia: Impressão geral resultante de um conjunto de sensações internas caracterizado essencialmente por bem-estar ou mal-estar.
  • Consciência fonológica: Denomina-se consciência fonológica a habilidade metalinguística de tomada de consciência das características formais da linguagem. Esta habilidade compreende dois níveis:
1. A consciência de que a língua falada pode ser segmentada em unidades distintas, ou seja, a frase pode ser segmentada em palavras; as palavras, em sílabas e as sílabas, em fonemas.
2. A consciência de que essas mesmas unidades repetem-se em diferentes palavras faladas (rima, por exemplo).
  • Coordenação viso-motora:  É a integração entre os movimentos do corpo (globais e específicos) e a visão.
  • Desorientação visoespacial
  • Disartria: Dificuldade na articulação de palavras devido a disfunções cerebrais.
  • Discalculia: Dificuldade para a realização de operações matemáticas usualmente ligadas a uma disfunção neurológica, lesão cerebral, deficiência de estruturação espaço-temporal.
  • Disgrafia: Escrita manual extremamente pobre ou dificuldade de realização dos movimentos motores necessários à escrita. Esta disfunção está muitas vezes ligada a disfunções neurológicas.
  • Dislalia: É a omissão, substituição, distorção ou acréscimo de sons na palavra falada.
  • Dislexia: Dificuldade na aprendizagem da leitura, devido a uma imaturidade nos processos auditivos, visuais e tatilcinestésicos responsáveis pela apropriação da linguagem escrita.
  • Disortografia: Dificuldade na expressão da linguagem escrita, revelada por fraseologia incorretamente construída, normalmente associada a atrasos na compreensão e na expressão da linguagem escrita.
  • Disgnosia: Perturbação cerebral comportando uma má percepção visual.
  • Dismetria - Realização de movimentos de forma inadequada e pouco econômica.
  • Ecolalia: Imitação de palavras ou frases ditas por outra pessoa, sem a compreensão do significado da palavra.
  • Ecopraxia - Repetição de gestos e praxias.
  • Enurese: Emissão involuntária de urina.
  • Esfíncter: Músculo que rodeia um orifício natural. Em psicanálise, na fase anal está ligado ao controle dos esfíncteres.
  • Espaço –temporal: orientar-se no espaço é ver-se e ver as coisas no espaço em relação a si próprio, é dirigir-se, é avaliar os movimentos e adaptá-los no espaço. É a consciência da relação do corpo com o meio.
  • Etiologia: Estudo das causas ou origens de uma condição ou doença.
  • Gagueira ou Tartamudez: distúrbio do fluxo e do ritmo normal da fala que envolve bloqueios, hesitações, prolongamentos e repetições de sons, sílabas, palavras ou frases. É acompanhada rapidamente por tensão muscular, rápido piscar de olhos, irregularidades respiratórias e caretas. Atinge mais homens que mulheres.
  • Gnosia - Conhecimento, noção e função de um objeto. Segundo Pieron toda a percepção é uma gnosia.
  • Grafema - Símbolo da linguagem escrita que representa um código oral da linguagem.
  • Hipercinesia: Movimento e atividade motora constante e excessiva. Também designada por hiperatividade.
  • Hipocinesia: Ausência de uma quantidade normal de movimentos. Quietude extrema.
  • Impulsividade: Comportamento caracterizado pela ação de acordo com o impulso, sem medir as conseqüências da ação. Atuação sem equacionar os dados da situação.
  • Lateralidade: Bem estabelecida - implica conhecimento dos dois lados do corpo e a capacidade de os identificar como direita e esquerda.
 
  • Linguagem interior - O processo de interiorizar e organizar as experiências sem ser necessário o uso de símbolos linguísticos. Ex.: o processo que caracteriza o analfabeto que fala, mas não lê nem escreve.
  • Linguagem tatibitate: É um distúrbio (e também de fonação) em que se conserva voluntariamente a linguagem infantil. Geralmente tem causa emocional e pode resultar em problemas psicológicos para a criança.
  • Memória: Capacidade de reter ou armazenar experiências anteriores. Também designada como "imagem" ou "lembrança".
  • Memória cinestésica: É a capacidade da criança reter os movimentos motores necessários à realização gráfica. À medida que a criança entra em contato com o universo simbólico (leitura e escrita) vão ficando retidos em sua memória os diferentes movimentos necessários para o traçado gráfico das letras.
  • Mudez: É a incapacidade de articular palavras, geralmente decorrente de transtornos do sistema nervoso central, atingindo a formulação e a coordenação das idéias e impedindo a sua transmissão em forma de comunicação verbal. Em boa parte dos casos o mutismo decorre de problemas na audição. Os fatores emocionais e psicológicos também estão presentes em algumas formas de mudez. Na mudez eletiva a criança fica muda com determinadas pessoas ou em determinadas situações e em outras não.
  • Percepção: processo de organização e interpretação dos dados que são obtidos através dos sentidos.
  • Rinolalia: Caracteriza-se por uma ressonância nasal maior ou menor que a do padrão correto da fala. Pode ser causada por problemas nas vias nasais, vegetação adenoide, lábio leporino ou fissura palatina.
  • Ritmo: Habilidade importante, pois dá à criança a noção de duração e sucessão, no que diz respeito à percepção dos sons no tempo. A falta de habilidade rítmica pode causar uma leitura lenta, silabada, com pontuação e entonação inadequadas.
  • Atenção: é um processo cognitivo pelo qual o intelecto focaliza e seleciona estímulos, estabelecendo relação entre eles. A todo instante recebemos estímulos, provenientes das mais diversas fontes, porém só atendemos a alguns deles, pois não seria possível e necessário responder a todos.
  • Transtorno do déficit de atenção e Hiperatividade: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é, basicamente, neurológico, caracterizado pela desatenção/falta de concentração, agitação (hiperatividade) e impulsividade. Estas características podem levar o portador a ter dificuldades emocionais, de relacionamento, decorrendo daí baixos níveis de autoestima, além do mau desempenho escolar, face às reais dificuldades no aprendizado.
 
Para mais informações, consulte os links abaixo:
 
http://psicopedagogiaaoalcance.blogspot.com.br/p/dicionario-psicopedagogico.html
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1415-69542010000200007&script=sci_arttext
http://www.brasilescola.com/educacao/dificuldades-aprendizagem.htm
http://br.guiainfantil.com/aprendizagem/101-problemas-de-aprendizagem-das-criancas.html
 

 
 
 

 

quinta-feira, 2 de abril de 2015

HENRI WALLON

Boa noite leitores!!
Hoje faremos uma abordagem sobre o teórico Henri Wallon, falando sobre sua biografia e suas contribuições para o desenvolvimento da criança e sua aprendizagem.

Henri Paul Hyacinthe Wallon nasceu em Paris, França, em 1879. Graduou-se em medicina e psicologia. Fez também filosofia. Aos 50 anos de idade, tornou-se professor na Universidade de Sorbonne e vice-presidente do Grupo Francês de Educação Nova - instituição que ajudou a revolucionar o sistema de ensino daquele país e da qual foi presidente de 1946 até morrer, também em Paris, 1962. Ao longo de toda a sua vida, dedicou-se a conhecer a infância e os caminhos da inteligência na crianças.
Hoje em dia é muito comum ouvir falar que a escola deve proporcionar formação integral (intelectual, afetiva e social) às crianças. No início do século passado, porém, essa ideia foi uma verdadeira revolução no ensino. Uma revolução comandada por um médico, psicólogo e filósofo francês chamado Henri Wallon.
As emoções, para Wallon, têm papel preponderante no desenvolvimento da pessoa. É por meio delas que o aluno exterioriza seus desejos e suas vontades. Em geral são manifestações que expressam um universo importante e perceptível, mas pouco estimulado pelos modelos tradicionais de ensino.
Wallon foi o primeiro a levar não só o corpo da criança mas também suas emoções para dentro da sala de aula. Fundamentou suas ideias em quatro elementos básicos que se comunicam o tempo todo: a afetividade, o movimento, a inteligência e a formação do eu como pessoa. Wallon dizia que "reprovar é sinônimo de expulsar, negar, excluir. Ou seja, "a própria negação do ensino".

Hoje faremos uma rápida abordagem sobre dois elementos básicos de Wallon, a afetividade e o movimento.

AFETIVIDADE

As transformações fisiológicas em uma criança (ou nas palavras de Wallon, em seu sistema neurovegetativo) revelam traços importantes de caráter e personalidade. "A emoção é altamente orgânica, altera a respiração, os batimentos cardíacos e até o tônus muscular, tem momentos de tensão e distensão que ajudam o ser humano a se conhecer", explica Heloysa Dantas, da Faculdade de Educação (USP). Segundo ela a raiva, a alegria, o medo, a tristeza e os sentimentos mais profundos ganham função relevante na relação da criança com o meio.

MOVIMENTO

Segundo a teoria de Wallon, as emoções dependem fundamentalmente da organização dos espaços para se manifestarem. A motricidade, portanto, tem caráter pedagógico tanto pela qualidade do gesto e do movimento quanto por sua representação. Por que, então, que os espaços escolares não podem ser diferentes? Que tipo de material é disponibilizado para os alunos em uma atividade lúdica ou pedagógica? Conforme as ideias de Wallon, a escola insiste em imobilizar a criança numa carteira, limitando a fluidez das emoções e do pensamento, tão necessário para o desenvolvimento completo da pessoa.
Estudos realizados por Wallon, com crianças de 6 e 9 anos mostram que o desenvolvimento da inteligência depende essencialmente de como cada uma das diferenciações com a realidade exterior.



Mais informações no link abaixo:

http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/henri-wallon-307886.shtml# 




quinta-feira, 12 de março de 2015

CÓDIGO DE ÉTICA DO PSICOPEDAGOGO

Boa noite leitores!
Hoje faremos uma rápida abordagem sobre o Código de Ética do Psicopedagogo.

O Código de Ética tem como finalidade estabelecer parâmetros e orientar os profissionais da Psicopedagogia brasileira quanto aos príncipios, normas e valores. Esses apectos estão diretamente ligados à boa conduta profissional, estabelecendo diretrizes para o exercício da Psicopedagogia e para os relacionamentos da ABPp - Associação Brasileira de Psicopedagogia.

O Código de Ética do psicopedagogo possui 10 capítulos, são eles:

Capítulo I - Dos princípios
Capítulo II - Da formação
Capítulo III - Do exercício das atividades psicopedagógicas
Capítulo IV - Das responsabilidades
Capítulo V - Dos instrumentos
Capítulo VI - Das publicações científicas
Capítulo VII - Da publicidade profissional
Capítulo VIII - Dos honorários
Capítulo IX - Da observância e cumprimento do Código de Ética
Capítulo X - Das disposições gerais.

O Código de Ética foi elaborado pelo Conselho Nacional da ABPp (Associação Brasileira de Psicopedagogia).

quinta-feira, 5 de março de 2015



AS CONTRIBUIÇÕES DA PSICOPEDAGOGIA NA AÇÃO PEDAGÓGICA

Boa noite!
Convido vocês leitores para iniciarmos uma maravilhosa jornada de aprendizagem com assuntos relacionados a Psicopedagogia.
A primeira postagem do blog estará abordando os aspectos históricos sobre a Psicopedagogia. São eles: O que é Psicopedagogia? Qual o papel da Psicopedagogia? Quem atua na área? Ou seja, faremos uma jornada histórica sobre a Psicopedagogia.
A Psicopedagogia é conhecida como área do conhecimento e destaca-se por sua multidisciplinariedade, pois faz ligação direta a outras áreas como Psicologia, Pedagogia, Psicanálise, Linguística, Matemática, Fonoaudiologia, Neuropsicologia, Medicina, entre outras.
O psicopedagogo tem um processo de múltipla atuação, entre eles temos o clínico que pode ser terapêutico e o institucional que pode ser preventivo. O psicopedagogo atuará também não somente como mediador de possíveis dificuldades encontradas no cotidiano escolar ou institucional, ele fará também uma acessoria para a equipe pedagógica e para todos aqueles que estiverem envolvidos nesse trabalho, como: escola, família e sociedade. Mas, para que esta iontervenção pedagógica aconteça, é de suma importância considerar os aspectos que definem os interesses da Psicopedagogia enquanto área de estudo. São eles: aspectos orgânicos, cognitivos, emocionais, sociais e pedagógicos.

A PSICOPEDAGOGIA NO BRASIL

Nos últimos anos, pode-se observar uma significativa ampliação do trabalho psicopedagógico no Brasil, como também um aumento considerável de clínicas de atendimento psicopedagógico.
Mas porque isso ocorreu?
Este processo teve início, pois as pessoas acreditavam que os problemas de aprendizagem eram causados por fatores orgânicos.
Ao longo dos anos foi perceptível uma crescente preocupação por parte dos graduados não somente em Psicologia/Pedagogia, mas tambémde outras áreas afins, em busca de uma melhor qualificação profissional.
A partir do início da década de 90, os cursos de especialização em Psicopedagogia, lato sensu multiplicaram-se. É importante mencionar a existência da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp).
O que os autores falam a respeito da Psicopedagogia…
Para Gasparian (1997), a Psicopedagogia é o estudo que se ocupa da aprendizagem humana, que adveio de uma demanda da escola. E para atender essa demanda, partiu-se da prática e constituiu-se um corpo teórico.
Sisto et al. (1996), por sua vez, entendem a Psicopedagogia como uma área interessada em investigar a relação da criança com o conhecimento tendo como objetivo a intervenção, a fim de “colocar-se no meio”, de fazer a mediação entre a criança  e seus objetivos de conhecimento.
Para Scoz (1992, apud BOSSA, 1994), a Psicopedagogia no Brasil é a área que estuda e lida com o processo de aprendizagem e suas dificuldades e, numa ação profissional, deve englobar vários campos do conhecimento, integrando-os e sintetizando-os.
Para Bossa (1994), a Psicopedagogia, enquanto produção de conhecimento científico, nasceu da necessidade de uma melhor compreensão do processo de aprendizagem, e por isso não basta se basta como aplicação da Psicologia à Pedagogia.
De acordo com Neves (1992, apud BOSSA, 1994, p.8), “a Psicopedagogia estuda o ato de aprender e ensinar, levando sempre em conta as realidades interna e externa da aprendizagem, tomadas em conjunto”.
Do ponto de vista e Weiss (1992, apud BOSSA, 1994, p.9), “a Psicopedagogia busca a melhoriadas relações com a aprendizagem, assim como a melhor qualidade na construção da própria aprendizagem de alunos e educadores”.
Para Fernández (1991, apud GASPARIAN, 1997), o objeto de estudo da Psicopedagogia é sempre o sujeito “aprendendo” e esta aprendizagem está sempre relacionada com o próprio sujeito, com o sujeito e o objeto, com o sujeito e o meio, portanto, sistemicamente.
Segundo Visca (1991, apud BOSSA, 1994), a Psicopedagogia, que inicialmente foi uma ação subsidiária da Medicina e da Psicologia, perfilou-se aos poucos como um conhecimento independente e complementar, possuída de um objeto de estudo – o processo de aprendizagem – e de recursos diagnósticos, corretores e preventivos próprios.

GABRIEL,  Lais Livia; YAEGASHI, Solange Franci Raimundo. As Contribuições da Psicopedagogia na Ação Pedagógica. In YAEGASHI, Solange Franci Raimundo (Org) A Psicopedagogia e suas interfaces: Reflexões sobre a atuação do psicopedagogo. Curitiba, PR: CRV, 2012. (p. 23 a 36).